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Após 5 mortos, suspeito é achado na casa da mãe no Rio de Janeiro

Um dos homens suspeitos de matar o policial civil João Pedro Marquini foi preso na noite de ontem. Ele estava escondido no apartamento da mãe, em Copacabana.

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Um dos homens suspeitos de matar o policial civil João Pedro Marquini foi preso na noite de ontem. Ele estava escondido no apartamento da mãe, em Copacabana.

Durante a operação, cinco suspeitos, incluindo o chefe do tráfico da Ladeira dos Tabajaras, foram mortos.

Antonio Augusto D'Angelo da Fonseca foi alvo de um mandado de prisão. A polícia chegou até Antonio após a perícia apontar que ele estava no carro usado pelos criminosos na tentativa de assalto que terminou na morte do agente da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) João Marquini, na Grota Funda, em março.

Buscas começaram de manhã. Agentes entraram nas comunidades dos Tabajaras e dos Cabritos, na zona sul do Rio, para localizar os envolvidos no latrocínio. Durante a operação, cinco pessoas morreram e três suspeitos foram presos, segundo a Polícia Civil.

Polícia diz que reagiu porque agentes foram atacados. "A reação da polícia vai depender da ação do criminoso. Se eles não reagirem, não haverá confronto e as forças policiais irão cumprir os mandados. Caso haja reação, é uma opção deles e iremos responder na mesma altura", afirmou o secretário de estado de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

Chefe do tráfico da Ladeira dos Tabajaras foi morto. De acordo com a polícia, Vinícius Kleber Di Carlantoni Martins, conhecido como "Cheio de Ódio", era o responsável por "estimular ataques covardes contra as forças de segurança".

João Pedro Marquini foi morto a tiros na Grota Funda em 30 de março. Ele e a esposa, a juíza Tula Corrêa, do Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, estavam em carros separados. Ela seguia em seu carro particular blindado e o agente vinha logo atrás, sozinho. Na altura do Túnel da Grota Funda, criminosos atacaram.

Juíza não se feriu. O carro dela foi atingido por disparos, mas os tiros não perfuraram o automóvel. Após o crime, os suspeitos fugiram para a comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena. O local é controlado pelo Comando Vermelho. A polícia fez uma operação no mesmo dia do crime e encontrou o carro, modelo Tiggo, usado pelos criminosos.

Tula ponderou que se não fosse a ação do marido, poderia estar morta. "Eu posso afirmar com certeza que, se não fosse a ação do João saindo do carro para desviar o foco dos criminosos, eles conseguiriam fazer com que os disparos de fuzil ultrapassassem a blindagem do meu carro. Ele não reagiu, ele agiu para me salvar, ele deu a vida para me salvar", declarou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Ela contou que usou técnicas de defesa recebidas do Tribunal de Justiça do Rio e do marido para conseguir escapar. "Ele me treinou para que eu pudesse usar na prática estes mecanismos de defesa".

A magistrada também afirmou querer justiça pela morte do marido. "Será que não estão vendo que a violência está banalizada e ninguém está fazendo nada? Estamos em um ponto que se tem algo pior que isso, nunca vi. O João costumava dizer que as coisas só melhorariam quando as autoridades passassem a ser afetadas pela violência. Eu não imaginei que eu fosse ser justamente a autoridade para que alguém pudesse fazer algo concreto. Não vou sentar ali como vítima, vou agir, fazer o que for necessário para que seja dada a punição e para que a gente consiga uma cidade onde nós possamos circular livremente".

João Pedro e Tula estavam casados desde fevereiro de 2024. Nas redes sociais, ela postava fotos do casal em viagens por diferentes países.

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