
A imposição de tarifas de 25% sobre importações do México e Canadá pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além do aumento das tarifas sobre produtos da China, entrou em vigor na terça-feira, 4 de março. Esta decisão estratégica gerou reações significativas dos governos canadense e chinês.
Em retaliação, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou tarifas recíprocas de 25% em produtos americanos, totalizando US$ 107 bilhões, com aplicação imediata sobre US$ 21 bilhões destes produtos. Esta resposta rápida mostra a firmeza do Canadá em proteger seus interesses comerciais.
Simultaneamente, a China divulgou, em Pequim, tarifas adicionais de 10% a 15% sobre produtos dos EUA, principalmente agrícolas e alimentícios, a serem implementadas em 10 de março. Esta medida é uma clara demonstração da disposição da China em responder às ações dos EUA.
As medidas de Trump, juntamente com as reações de Trudeau e Xi Jinping, presidente da China, intensificam a guerra comercial em andamento. Estes desenvolvimentos também implicam em possíveis retaliações do México.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, criticou as tarifas como injustificadas e revelou planos para restrições comerciais contra produtos americanos. Detalhes adicionais serão divulgados em 9 de março.
Trump defende as tarifas como parte de uma estratégia para fortalecer a indústria americana, equilibrar o comércio e aumentar a arrecadação federal, além de pressionar México e Canadá a melhorarem o controle fronteiriço.
Justin Trudeau qualificou as tarifas como injustas e em violação ao acordo de livre comércio pré-existente. Ele enfatizou que as tarifas do Canadá permanecerão enquanto as dos EUA estiverem em vigor. Caso não sejam removidas, o Canadá planeja mais medidas não tarifárias.
Trudeau afirmou à BBC que as tarifas canadenses são uma resposta necessária para proteger suas relações comerciais.
As tarifas chinesas são uma resposta acerca do compromisso em combater a política de aumento tarifário dos EUA. Produtos como frango, trigo e algodão enfrentarão tarifas de 15%, enquanto soja e carne serão taxados em 10%.
Os mercados financeiros estão observando atentamente, com movimentos em bolsas de valores nos EUA e Ásia refletindo a incerteza gerada pelas tarifas comerciais.