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Desemprego no Brasil cai para 6,5% no trimestre, aponta IBGE

Apesar da queda no desemprego, ainda há um grande número de trabalhadores em ocupações precárias ou temporárias.

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa uma queda em relação ao trimestre anterior, que registrou 6,8%, e reforça a tendência de recuperação do mercado de trabalho observada nos últimos meses.

A melhora no índice de desemprego está diretamente ligada ao crescimento do setor de serviços, que tem absorvido grande parte da mão de obra. Esse segmento inclui áreas como comércio, turismo, alimentação e transporte, que vinham sendo impactadas desde o período mais crítico da pandemia e agora demonstram recuperação.

Além disso, o número de trabalhadores informais apresentou redução, indicando um aumento na formalização do mercado de trabalho. Esse é um ponto positivo, pois empregos formais garantem mais direitos aos trabalhadores, como carteira assinada, benefícios previdenciários e maior estabilidade.

SETORES QUE IMPULSIONARAM A GERAÇÃO DE EMPREGOS

De acordo com especialistas, alguns setores específicos foram os principais responsáveis pela queda do desemprego. O setor de serviços se destacou, mas a indústria e a construção civil também apresentaram crescimento na oferta de empregos. O aumento da atividade econômica no final de 2024, impulsionado pelas festas de fim de ano e pelo turismo interno, contribuiu significativamente para essa melhora.

Além disso, políticas governamentais voltadas para a recuperação econômica, como incentivos fiscais e programas de apoio a pequenas empresas, também ajudaram na geração de empregos. Outro fator que favoreceu a redução da taxa de desemprego foi a estabilidade no cenário internacional, que permitiu maior fluxo de investimentos no Brasil.

INFORMALIDADE EM QUEDA E AUMENTO DA RENDA MÉDIA

Outro dado relevante divulgado pelo IBGE é que, além da queda no desemprego, a taxa de informalidade também apresentou redução, o que pode indicar que mais pessoas estão conseguindo empregos com carteira assinada. Esse é um fator importante, pois empregos formais proporcionam maior segurança para os trabalhadores.

Além disso, a renda média dos trabalhadores apresentou um leve aumento, acompanhando a recuperação do mercado de trabalho. Segundo os dados, os salários médios registraram um crescimento de aproximadamente 1,2% em comparação com o trimestre anterior.

No entanto, a alta da inflação ainda preocupa, pois pode comprometer esse ganho salarial. Especialistas alertam que, embora os rendimentos estejam crescendo, o poder de compra da população continua impactado pelos preços elevados dos produtos e serviços essenciais.

PERSPECTIVAS PARA O MERCADO DE TRABALHO

Mesmo com os números positivos, economistas alertam que ainda há desafios importantes pela frente. A inflação segue elevada, o que pode afetar a capacidade de consumo da população e a sustentabilidade da recuperação do mercado de trabalho. Além disso, a instabilidade política e as incertezas sobre a economia global podem dificultar a criação de novas vagas nos próximos meses.

Outro ponto de atenção é a qualidade dos empregos gerados. Apesar da queda no desemprego, ainda há um grande número de trabalhadores em ocupações precárias ou temporárias. A criação de empregos de maior qualidade e com melhores condições de trabalho será um desafio a ser enfrentado pelo governo e pelo setor privado.

Para os próximos meses, a expectativa é que o mercado de trabalho continue apresentando recuperação gradual, especialmente se a economia mantiver um crescimento estável. No entanto, será necessário acompanhar de perto os impactos de fatores como a política monetária, as taxas de juros e a confiança dos investidores no Brasil.

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